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Técnica percutânea é minimamente invasiva e faz correções nos pés

Há três anos o ortopedista Cesar Martins começou a usar a técnica percutânea para fazer correções nos pés, como tratar tendinite do tendão calcâneo, joanetes, calos, dedos cruzados um em cima do outro e até dedos longos demais que atrapalham a estética desta parte do corpo. Para quem não sabe, a técnica é minimamente invasiva e tem vantagens como a possibilidade de alta no mesmo dia do procedimento, menos dor, menos inchaço e menos intercorrências pós-cirúrgicas.

“A técnica percutânea é utilizada em várias práticas cirúrgicas da ortopedia e também fora dela, são procedimentos menos invasivos. O que ocorre é que até recentemente não se utilizava esta técnica para cirurgias no pé dentro da ortopedia. Ela tinha sido desenvolvida por um americano, mas acabou abandonada por falta de incentivo das indústrias locais até que um espanhol, Dr. Mariano Prado, aprendeu e melhorou a técnica e hoje a Espanha é um centro de referência da técnica percutânea”, conta o especialista em pé e tornozelo da Uniorte.

Dr. Cesar Martins esteve há três anos na Espanha onde fez o curso de especialização desta cirurgia percutânea com o Dr. Mariano Prado e desde então trouxe o avanço para Londrina. “Quase todas as cirurgias do pé podem ser feitas pela técnica percutânea. Por meio de um estudo anatômico identificamos os melhores portais para ter o acesso ideal para o osso do pé usando um Raio-X. O cirurgião faz a cirurgia de correção óssea, com melhora de ângulo e tudo o que é necessário (as osteotomias) com o uso do raio-X e brocas especiais para este procedimento. Fazemos pequenos furos e com uma broca especial feita para cortar osso o procedimento é realizado”, descreve Dr. Cesar Martins.

Na cirurgia aberta é necessário abrir cortes de 3 ou 4 centímetros na região a ser operada. Com a técnica percutânea, bastam pequenos furos com cerca de 5 milímetros para realizar o mesmo procedimento. “A técnica proporciona excelentes resultados. Há menos dor no pós-operatório, menos utilização de parafusos porque não há a necessidade de colocar parafusos visto que a tendência do organismo e consolidar melhor o osso e o próprio curativo que segura os ossos no local ideal faz isso, e o paciente pode pisar no primeiro dia. Então, por exemplo, quando eu fazia a técnica aberta, que ainda uso em alguns casos, o paciente tinha um nível de dor, não tão alto, mas tinha e por isso eu tinha que dar alta no dia seguinte. Hoje com esta técnica eu dou alta no mesmo dia”, acrescenta.

Outro benefício da técnica é que ela pode ser usada inclusive em pacientes idosos ou com alguma limitação para cirurgias mais invasivas. “Têm pacientes idosos, com 90 anos, que eu tenho operado porque a técnica pode ser feita com anestesia local. Pacientes com diabetes, insuficiência vascular, que são mais difíceis de colocar em uma anestesia geral, com a técnica percutânea eu consigo operar, dar alta no mesmo dia, sem repercussão hemodinâmica porque não sangra praticamente. É uma técnica fantástica”, conclui.