Lesões de menisco podem ser traumáticas ou degenerativas

Responsáveis por equilibrar e dissipar as forças de forma homogênea no joelho, os meniscos são como amortecedores desta articulação e trazem estabilidade ao local. Cada joelho tem dois meniscos. “O menisco é uma estrutura formada por fibras de colágeno que protege a articulação, ficando entre o fêmur e a tíbia, é como uma almofada posicionada entre esses dois ossos para protegê-los. Os meniscos são essenciais para a biomecânica normal da articulação do joelho”, explica o ortopedista Alexandre Queiroz.

Quando há uma lesão nesta parte do corpo, ela pode provocar dores e instabilidade na articulação. “Há diferentes tipos de lesão. Dentre elas estão as associadas ao desgaste progressivo da cartilagem articular e as lesões decorrentes da prática de esporte, que ocorrem após movimentos específicos de giro e torção do joelho”, detalha o ortopedista.

Quando a lesão não é tão significativa, o paciente pode viver um bom tempo sem saber que ela existe, pois não apresenta sintomas. Já lesões mais avançadas podem provocar dor, edema local, instabilidade e até bloqueio. “Em geral as dores são mais intensas ao agachar ou cruzar as pernas”, pontua Dr. Alexandre.

São diferentes tipos de lesão. A mais comum, segundo o especialista, é a lesão vertical ou oblíqua, que acontece em cerca de 80% dos casos. O menisco medial é mais comumente afetado, seguido do menisco lateral. Em 5% dos pacientes ocorrem as lesões bilaterais. “O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico, tudo depende do tipo de lesão, idade do paciente, se é praticante de esportes e sintomas, como, por exemplo, se limita o movimento. Lesões conhecidas como alça de balde causam bloqueio da articulação, por isso, em geral, tem tratamento cirúrgico”, antecipa. Em geral, lesões degenerativas tendem a ter tratamento conservador e lesões traumáticas podem ter tratamento cirúrgico ou conservador.

A fisioterapia é grande aliada no tratamento, tanto conservador como cirúrgico. “Atualmente buscamos cada vez mais preservar o menisco ao invés de retirá-lo. Quando há a necessidade de cirurgia, busca-se suturar esta estrutura por saber da sua importância para a estabilidade e saúde dos joelhos. Apenas quando não há outro recurso é que é feita a retirada do menisco”, diz.

A cirurgia é minimamente invasiva. “Tanto a meniscectomia parcial (retirada da lesão do menisco) como a sutura (“costura” do menisco) são feitas por videoartroscopia. A fisioterapia é fundamental no pós-operatório e ajuda na recuperação da força muscular que vai dar equilíbrio à articulação”, finaliza Dr. Alexandre.