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Férias sem susto

Pequenos cuidados podem evitar acidentes em crianças

Fim de ano, verão e férias escolares. Uma combinação perfeita para as brincadeiras, atividades ao ar livre, prática de esporte e diversão. Para que toda esta alegria não termine no pronto-socorro, é importante se atentar para a segurança da criança. Elas gostam de subir e pular sempre! E aí a queda pode acontecer.

De pequenas, o sofá é um dos primeiros obstáculos; depois os desafios vão aumentando, ela busca lugares mais altos, já sobe em árvores, cercas e por aí vai. Claro que não precisa inibir os movimentos e brincadeiras do seu filho, mas prestar atenção ao que ele está fazendo e qual o risco envolvido é fundamental. “As quedas são a maior causa de fraturas em crianças, e nem precisa ser uma queda tão forte. Até pequenos tombos podem provocar uma fratura. Estar atento ao espaço que a criança está e possíveis riscos ajudam a evitar estes acidentes”, diz a ortopedista pediátrica Adriana Pazin.

Para os pequenos que ainda estão aprendendo a andar e correr, desníveis, escadas e tapetes podem ser motivo de queda. “Os pais ou cuidadores precisam supervisionar sempre as crianças nesta fase de 1, 2 e 3 anos. O olhar cuidadoso pode, sim, evitar a queda”, diz. Os mais velhos já se aventuram em bicicletas, skates e patinetes. “Mais uma vez, supervisão e segurança. Hoje existem equipamentos protetores que minimizam traumas em caso de queda como capacete, tornozeleiras e joelheiras, tenha em casa e use de fato em seus filhos”, orienta Dra. Adriana.

Mesmo com tanto cuidado, quedas acabam acontecendo. Se ela foi mais séria, é importante observar a criança para perceber se há algum sinal de fratura ou lesão. “Se ela tem dificuldade de se mexer, principalmente na parte do corpo que foi mais afetada na queda, tem inchaço ou manchas roxas significativas é importante levar ao pronto-socorro para avaliação médica. As crianças pequenas nem sempre conseguem manifestar de fato o que estão sentido, faça uma avaliação cuidadosa para saber se pode ter ocorrido alguma fratura. Em caso de suspeita, tente imobilizar o local dolorido, ou ao menos não movimentá-lo, e leve a criança para atendimento médico”, completa.

A ortopedista pediátrica reforça que em crianças pequenas, com menos de 3 anos, a atenção deve ser redobrada uma vez que elas estão em fase de crescimento acelerado e têm estruturas diferentes dos adultos, chamadas placas de crescimento, nas extremidades dos ossos. “Se há uma fratura nestes locais e não se percebe, o osso pode crescer de forma desigual, ou até torta, e isso só será percebido um ano ou até mais após o acidente”, diz. O tratamento mais comum para fratura é a imobilização, mas em alguns casos a cirurgia pode ser recomendada.

Além das fraturas, crianças podem sofrer com entorses durante as brincadeiras. Essas lesões já são mais comuns nas crianças maiores.  As torções no tornozelo são as mais frequentes. “Elas podem provocar danos no ligamento desde uma simples inflamação até uma ruptura, casos mais sérios precisam ser avaliados pelo médico”, diz. Usar calçados adequados e bem amarrados ao pé para praticar esportes ou mesmo brincadeiras mais ativas ajuda a evitar torções.

Com cuidado e supervisão, as brincadeiras vão render muita alegria. “Criança ativa é criança saudável! Permita que ela brinque, corra, jogue, pule, sempre com os cuidados que cada fase do desenvolvimento exige”, finaliza Dra. Adriana.