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Pé torto congênito tem tratamento

Má-formação ocorrida ainda na fase fetal, o pé torto congênito preocupa os pais. Ele é caracterizado pela presença dos pés voltados para dentro e precisa ser tratado para que o bebê evolua e possa ter um desenvolvimento normal desta parte do corpo, correndo e brincando por aí. Ortopedista pediátrica, Dra. Adriana Pazin tranquiliza que o pé torto congênito tem tratamento. “Geralmente ele é diagnosticado logo ao nascer, mas há casos em que este diagnóstico vem ainda durante a gestação em exames de ultrassom no segundo trimestre gestacional. O mais importante é começar o tratamento logo nas primeiras semanas de vida, pois isso eleva as chances de cura”, explica.

A incidência desta má-formação é alta, 1 caso a cada 1000 nascimentos. Ela é mais comum em meninos e a causa ainda é indefinida. “A deformidade pode ser em um ou em ambos os pés. O mais comum é o pé torto congênito bilateral”, completa Dra. Adriana. O diagnóstico desta deformidade é clínico, não havendo necessidade de exames de imagem, como o raio x.

“Há técnicas conservadoras e também cirúrgicas para tratamento. Inicialmente o mais usual é que se faça o Método Ponseti onde manipulamos os pés e pernas e após isso colocamos gesso nestas partes do corpo buscando o realinhamento das estruturas dos pés. Isso precisa ser feito semanalmente com troca do gesso e dura entre 5 e 8 semanas, dependendo da evolução do caso”, diz a ortopedista. Ao final desta fase, é feito um pequeno procedimento no tendão de Aquiles, obtendo-se o seu alongamento para a correção final da deformidade. Quando o método não obtém o resultado almejado, há a opção da cirurgia, mas hoje em dia está cada vez menos sendo usado este recurso.

Em ambos os tratamentos é indicado o uso de órteses de Dennis Browne (aquelas botinhas ligadas por barra metálica) para auxiliar no processo de correção, assim como fisioterapia para o fortalecimento dos músculos. “As órteses são usadas por um período maior, até três ou quatro anos, e vão orientar o crescimento correto dos pés e estruturas ligadas a ele. Nos primeiros três meses a órtese é usada de forma contínua (23hs/dia). Depois ela é mantida até os três ou quatro anos por 12 a 14 horas por dia. Quando o bebê é tratado de maneira correta, tem resultados funcionais próximos ao normal. “O alerta que fazemos é que o tratamento precisa começar prontamente, é imprescindível seguir a orientação médica e usar corretamente a órtese pelo tempo recomendado. Com isso, a criança poderá ter os pés corrigidos e poderá andar e fazer atividades físicas sem dificuldades”, conclui a ortopedista que atende na Uniorte em Londrina.