A dor é recorrente em pacientes que sofrem com a Síndrome do Impacto do Ombro. Na prática, o que acontece é que os tendões do manguito rotador e a bursa, que recobrem a cabeça do úmero, são comprimidos durante o movimento de levantar os braços. É essa compressão que causa a dor.
Dr. Daniel Vieira, especialista em Ombro e Cotovelo na Uniorte, detalha que o problema é comum em atletas, donas-de-casa e profissionais que usam muito os braços, como pintores. “A Síndrome do Impacto acontece quando os ossos da cabeça do úmero e do acrômio da escápula têm um contato anormal e passam a comprimir os tendões do manguito rotador e a bursa, geralmente por uma insuficiência de força e função daqueles tendões. Esse processo pode causar bursites e tendinites, que são inflamações no ombro, e levar a rupturas dos próprios tendões com o passar do tempo”, cita o especialista. O diagnóstico é feito por meio do exame clínico do paciente seguido por exames de imagem.
De acordo com Dr. Daniel, a maioria dos casos tem tratamento conservador. “Uso de anti-inflamatórios, repouso e gelo no local aliviam a dor e a inflamação, além da realização de sessões de fisioterapia com o objetivo de também aliviar a dor e fortalecer a musculatura do manguito rotador para corrigir o impacto. Caso isso não seja satisfatório, podemos prescrever injeções de cortisona e também infiltração”. Quando esses tratamentos não surtem efeito, a cirurgia pode ser considerada, assim como nos casos de ruptura dos tendões.
