Técnica trata joanetes e calos em cirurgia minimamente invasiva

Quem precisa se submeter a uma cirurgia no pé tem agora uma opção menos agressiva. Quem explica é o ortopedista César Martins, especialista em pé e tornozelo na Uniorte. Ele esteve recentemente em Barcelona, de onde trouxe a novidade: cirurgias minimamente invasivas. “A técnica serve para os maiores problemas do pé, principalmente calos, joanetes e desvios ósseos. Até então, fazíamos o procedimento aberto, e essa nova técnica permite que se faça a correção com pequenos furos, sem ter que abrir muito a pele”, descreve.

Segue o especialista, as principais vantagens para o paciente são recuperação mais rápida no pós-cirúrgico, menos risco de infecções e também um resultado estético melhor, já que as cicatrizes são pequenas. Além disso, pacientes que têm restrições para receber anestesia geral ou raqui ou que tenham complicações vasculares ou diabetes podem operar com anestesia local, uma vez que não são feitos grandes cortes. “A técnica possibilita ainda  tratar ferida de pé diabético. Removemos os ossos que estão provocando a ferida ou elevamos com pequenas incisões”, completa.

Dr. Cesar Martins agora integra o Grec Mip, grupo europeu que reúne ortopedistas de diversos países que operam pela técnica. “Fora do Brasil essa não é uma técnica nova, já vem sendo utilizada há uns 10 anos. Por aqui, alguns médicos já começaram a operar por ela”, diz.

A técnica de enfermagem Rosemari Jacob Leão, 50 anos, passou pelo procedimento em junho. Ela tinha joanetes e sentia dores há cerca de dois anos. “Como eu trabalho em hospital, uso sapato fechado o dia todo. Quando chegava fim da tarde, meu pé estava todo machucado porque a proeminência óssea estava bem grande”, conta. Incomodada pela dor, ela procurou o especialista e encontrou na cirurgia a solução para o problema. “Eu ia ter que operar porque não estava mais suportando, seja por cirurgia aberta ou minimamente invasiva. Com essa nova técnica ficou ótimo. Ainda não tem dois meses da cirurgia, estou fazendo fisioterapia, mas não sinto mais dor”, comemora.

Mesmo com um leve edema, Rosemari já observa o resultado do procedimento. “Ficou lindo meu pé, tem só uma cicatriz pequenininha que com o tempo vai ficar invisível”, finaliza a técnica em enfermagem.