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Fratura em crianças precisa ser tratada

Criança é arteira por natureza. Adora descobrir novos movimentos, correr nos mais diversos ambientes, escalar móveis e uma infinidade de ações que sequer conseguimos prever. Em alguns desses momentos, o tombo acaba sendo uma consequência. E, dele, pode ocorrer a conhecida fratura.

Ortopedista pediátrica, Dra. Adriana Pazin explica que nem sempre é preciso um choque violento para causar esse trauma. “Por vezes, uma simples queda em casa ou na escola pode levar à fratura. Por isso é importante sempre estar alerta aos movimentos das crianças e sinais que indiquem a presença de dor. Se ela chora ao simples toque no local da queda é importante levar ao médico”, orienta.

Segundo a especialista, a dor é o primeiro sinal que merece atenção, seguida da presença de edema no local. Mas, mesmo que não ocorra o inchaço, outros pontos merecem alerta. “Quando acontece uma fratura, os pais podem perceber que a criança passa a evitar movimentar aquela parte do corpo. Se é nas pernas ou pés, por exemplo, ela pode mancar ao tocar o chão. Nos braços, pode reclamar ao ter o local levemente pressionado”, cita. Um exame clínico, seguido de raio-X, costuma fechar o diagnóstico para definição da conduta.

O tratamento, segundo a especialista, envolve a imobilização do local e medicação para controle da dor. O gesso é muito utilizado, em suas diversas formas. “O gesso sintético tem vantagens por ter menor peso e maior resistência. Mas ele não permite a modelagem, que é necessária em muitas fraturas. As talas são uma opção em casos que em que pode ocorrer um inchaço no local”, detalha.

O tempo para que o osso se consolide varia conforme a gravidade e local da fratura, podendo ser de semanas a meses. “Quando o tempo de imobilização é maior, é importante fazer a reabilitação com fisioterapia para devolver os movimentos ao local”, ressalta Dra. Adriana. Em todos os casos, o ortopedista precisa acompanhar a evolução do tratamento até o final para confirmar o sucesso do tratamento.

Tentar evitar o trauma não é tarefa fácil, mas os pais podem colaborar. “Cuidar com as portas em casas com crianças pequenas é um exemplo. Recebemos no consultório casos de fratura nas mãos por esmagamento provocado por portas que bateram”, cita a ortopedista. Além disso, é importante prestar atenção aos objetos que possam provocar quedas e cuidar dos pequenos em casas que possuem escada.